A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou fevereiro com alta de 1,31%, ante uma elevação de 0,16% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (12/3).
O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 1,32%. O intervalo das previsões ia de 1,23% e 1,46%.
Trata-se da maior elevação para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%) e do maior índice desde março de 2022 (1,62%). O aumento foi impulsionado principalmente pelo crescimento de 16,80% na tarifa de energia elétrica residencial, que contribuiu com 0,56 ponto percentual (p.p.) para o índice.
A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 1,47%, de acordo com o IBGE. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,06%, resultado próximo à mediana das projeções dos analistas, de 5,07%, com estimativas que iam de 4,97% a 5,21%.
Alimentação e bebidas têm inflação de 0,70% em fevereiro
O grupo Alimentação e bebidas saiu de um avanço de 0,96% em janeiro para alta de 0,70% em fevereiro, sexto aumento consecutivo, dentro do IPCA. O grupo contribuiu com 0,15 ponto porcentual para a taxa de 1,31% do IPCA do último mês.
A alimentação no domicílio aumentou 0,79% em fevereiro. Os destaques foram os aumentos nos preços do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%). Por outro lado, ficaram mais baratos a batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).
A alimentação fora do domicílio aumentou 0,47% em fevereiro, de acordo com o IBGE. O lanche subiu 0,66%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,29%.