A Receita Federal apreendeu 59 canetas emagrecedoras do medicamento mounjaro no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. Avaliadas em R$ 250 mil, as canetas são utilizadas para emagrecimento e tratamento de diabetes. A apreensão ocorreu no último sábado (22).
De acordo com a Receita, os medicamentos foram encontrados na bagagem de uma passageira abordada pela fiscalização da Alfândega no aeroporto. Ela viajava no voo TAP que partiu de Lisboa e tinha Goiânia como destino. A abordagem foi realizada durante escala do voo em Confins.
Ainda segundo as autoridades, a passageira transportava os medicamentos de forma irregular e tinha intenção de comercializá-los no Brasil, o que é proibido. Ela passou por fiscalização após análise de risco.
As canetas de mounjaro foram apreendidas e encaminhadas para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que dará as providências cabíveis aos medicamentos transportados irregularmente.
A Receita Federal alerta que pessoas que compram medicamentos transportados de forma ilegal correm riscos, já que os produtos demandam refrigeração adequada. Quando transportados fora do padrão, passam horas sem qualquer cuidado.
Mounjaro chega em breve ao Brasil e pode custar R$ 4 mil
Popular no tratamento de diabetes e também para quem quer perder peso, o Mounjaro (tirzepatida) deve chegar ao Brasil em breve. De acordo com a Eli Lilly, farmacêutica responsável por sua comercialização, o medicamento injetável tem previsão para chegar às farmácias brasileiras em junho deste ano, porém, o preço ainda não foi definido.
Em nota, a Lilly disse que precificar medicações está entre as “decisões mais importantes” que a empresa precisa tomar. “Consideramos diversos fatores para alcançar o equilíbrio ideal entre o acesso do paciente e o investimento contínuo em tratamentos inovadores”, informou.
Contudo, já é possível ter uma estimativa de quanto o paciente terá de desembolsar para arcar com o tratamento. Isso porque, antes que um medicamento comece a circular no País, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) define o preço máximo ao consumidor (PMC), que é o preço-teto autorizado para o comércio varejista, ou seja, farmácias e drogarias.
A CMED estabeleceu que o valor do Mounjaro para o consumidor poderá variar de R$ 1.523,06 a R$ 4.067,81, a depender do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) em cada Estado, da dose e da quantidade de canetas para aplicação por embalagem.
Por exemplo, em São Paulo e Minas Gerais, onde a alíquota do ICMS para medicamentos é de 18%, os valores da tabela variam de R$ 1.895,53, para doses de 5 mg/ml e duas canetas para aplicação, a R$ 3.791,07 para doses de 30 mg/ml e 4 canetas injetoras. Já no Rio de Janeiro, onde o imposto é de 20%, os preços máximos ao consumidor vão de R$ 1.948,55 a R$ 3.897,09.