O ex-coach e influenciador Pablo Marçal foi condenado pela Justiça Eleitoral de São Paulo à inelegibilidade por oito anos, pela terceira vez. A decisão, tomada nessa terça-feira (22/7), é do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral.
Marçal foi candidato à Prefeitura de São Paulo em 2024. O pedido de inelegibilidade foi protocolado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), da também candidata à época, Tábata Amaral.
A decisão ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Caso se torne definitiva, a inelegibilidade valerá a partir da última eleição (2024) e seguirá até 2032.
De acordo com a ação, os crimes atribuídos ao influenciador incluem abuso no uso das redes sociais, captação e uso ilícito de recursos financeiros e abuso de poder econômico.
Durante o período eleitoral, Marçal promoveu sorteios de bonés para usuários que marcassem outras pessoas em suas redes sociais, além de oferecer dinheiro a quem compartilhasse seus conteúdos. O processo também aponta que, após ter seus perfis suspensos temporariamente, ele passou a utilizar outros influenciadores digitais para alcançar o público.
Ainda segundo a ação, Marçal publicou conteúdos que colocavam em dúvida a lisura do processo eleitoral e a imparcialidade da Justiça Eleitoral. Ele também teria promovido uma série de ataques contra adversários políticos, por meio de propaganda negativa disseminada tanto em seus próprios canais quanto por um grupo de apoiadores conhecido como “exército de cortadores”.
Nas redes sociais, ele reafirmou sua inocência e afirmou que recebeu a decisão com serenidade:
“Recebo com serenidade a decisão de primeira instância que trata de episódios relacionados à eleição municipal de 2024. Embora respeite o posicionamento da Justiça Eleitoral, reafirmo minha total convicção de que sou inocente e reforço que os recursos cabíveis serão apresentados no tempo certo”, declarou.