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Isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil avança no Senado

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Texto deve ser votado ainda hoje no plenário do Senado (Joédson Alves/Agência Brasil)

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A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (5/11), o projeto de lei do governo que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil. O texto também prevê redução gradual das alíquotas para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350.

A proposta deve ser votada ainda hoje no plenário do da Casa. Caso seja aprovada e sancionada até o fim do ano, as novas regras passam a valer em janeiro de 2026. Atualmente, estão isentos do IR quem recebe até dois salários mínimos (R$ 3.036 mensais).

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Segundo o governo, cerca de 25 milhões de brasileiros pagarão menos imposto, enquanto 200 mil contribuintes terão aumento na tributação. Para compensar a perda de arrecadação, o projeto cria uma alíquota extra progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais acima de R$ 600 mil (R$ 50 mil por mês) e estabelece tributação de 10% sobre lucros e dividendos enviados ao exterior.

Movimentação

O relator da proposta, senador Renan Calheiros (MDB-AL), rejeitou as 11 emendas apresentadas para evitar que o texto voltasse à Câmara e atrasasse a aplicação das novas regras. “Tudo que nós não queremos é que retorne à Câmara. O prazo é curto e enviar de volta significaria frustrar milhões de trabalhadores que aguardam esse alívio em seus orçamentos”, justificou o senador.

Renan lembrou ainda que, pela legislação, mudanças tributárias só podem valer no ano seguinte à sua sanção, o que obriga o governo a aprovar a medida até dezembro.

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A oposição criticou a decisão de não alterar o texto aprovado pela Câmara. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) defendeu que o Senado exerça seu papel de casa revisora e questionou a tributação sobre profissionais liberais que atuam como pessoa jurídica (PJ). “A pessoa jurídica vai pagar, e o profissional liberal também vai pagar quando receber os dividendos. Esses são os super-ricos? Não são”, afirmou.

Renan respondeu que os casos de profissionais liberais afetados serão “residuais” e destacou que quem ganha cerca de R$ 1,2 milhão por ano já paga mais de 10% de IR. “Caso não paguem, passarão a estar sujeitos à tributação mínima”, completou.

A alíquota extra máxima de 10% será cobrada de quem ganha a partir de R$ 1,2 milhão por ano, ou R$ 100 mil por mês. Foi mantida ainda a tributação de 10% sobre dividendos enviados ao exterior prevista no projeto original do Executivo.

Com informações de Agência Brasil

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Thiago Cândido

Jornalista pela UFMG. Repórter na 98 desde 2025. Participou de reportagem vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo 2024.

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