Hoje vamos falar de algo que pode transformar o sonho da casa própria para bastante gente. O novo modelo do crédito imobiliário anunciado pelo Governo Federal. E explico como vai funcionar esse modelo, quais são os limites e quem deve se beneficiar. Vamos lá?
Atualmente, os bancos que captam recursos da poupança são obrigados a destinar 65% desses recursos ao crédito imobiliário. Além disso, 20% dos depósitos da poupança são recolhidos compulsoriamente ao Banco Central, sendo que 15% deles são livres.
No novo modelo, essa obrigatoriedade será substituída por uma nova regra de contrapartida. Se o banco conceder crédito imobiliário equivalente a um certo montante, ele poderá liberar novos recursos da poupança para uso livre, retirando o que a gente chama de carimbo.
Um dos pontos mais interessantes: o teto de juros para operações dentro do novo Sistema Financeiro de Habitação será de até 12% ao ano. O teto do valor do imóvel, então, sobe de 1,5 milhão de reais para 2,25 milhões.
Para famílias de renda mais baixa, mantém-se o programa Minha Casa, Minha Vida. Classe média: para quem ganha até 12.000 reais por mês, com valor de imóvel até 500.000 e uma taxa de 10% ao ano.
O foco declarado do governo é a classe média, especialmente aquelas famílias que hoje ficam no meio do caminho: ganham mais que os limites do Minha Casa, Minha Vida, mas não acessam linhas de crédito do mercado com juros menores. A Caixa projeta financiar cerca de 80.000 novas moradias até 2026.
O novo modelo busca estimular a competição bancária, incentivar o mercado de capitais como nova fonte de recursos para habitação e reduzir a dependência exclusiva da poupança tradicional. Essa é uma mudança estrutural de impacto. Pode ampliar bastante o crédito para a casa própria, especialmente para quem hoje está entre o público popular e o mercado livre.
Mas não é mágica, viu? O sucesso vai depender da execução e da disposição dos bancos para ajustes finos ao longo do caminho.
											
															