mulher mandando áudio
Quando você manda um áudio longo, cheio de "então...", "pera...", "deixa eu lembrar...", transfere o custo do raciocínio para quem te ouve (Foto; Frepik.com).

Quando você manda um áudio longo, cheio de "então...", "pera...", "deixa eu lembrar...", transfere o custo do raciocínio para quem te ouve (Foto; Frepik.com).

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O áudio virou ferramenta profissional: é rápido e prático, mas também pode ser um tiro no pé. É o novo “Vou te tomar só um minutinho”, que nunca é só um minutinho. Tem também o festival dos áudios de 10, 15 segundos enviados em sequência, um “Bom dia”, seguido de “Tô te mandando aquele arquivo”, e logo depois, “Me avisa se recebeu, tá?”

Tudo isso poderia ser resolvido em uma frase, mas não. A mania revela falta de organização do pensamento, pouca consideração com o tempo do outro e até um medo velado da comunicação escrita, afinal, é mais fácil falar do que escrever. Esse hábito sinaliza imaturidade comunicacional e compromete a sua imagem. Erika Dauan, autora do livro Digital Body Language, afirma que escolher o canal certo é parte da competência comunicacional.

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Quando você manda um áudio longo, cheio de “então…”, “pera…”, “deixa eu lembrar…”, transfere o custo do raciocínio para quem te ouve. E esse custo é alto: o áudio exige atenção em tempo real e, muitas vezes, mais atrapalha do que ajuda, especialmente em tarefas que demandam agilidade, registro e precisão. Tudo depende da forma, do momento e da sua relação com o receptor.

O áudio no trabalho funciona bem quando há intimidade profissional com o interlocutor, o assunto é urgente e objetivo, e você é conciso. Antes de gravar, pense: é realmente urgente ou estou apenas com preguiça de escrever? Precisa de tom emocional? Lembre-se: a voz comunica mais que o conteúdo. Se o seu tom for vago, hesitante ou informal demais, pode transmitir algo diferente do que você pretende. E, se for gravar, avise antes.

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Um áudio de 45 segundos com três pontos principais pode funcionar. E, se possível, envie antes uma mensagem escrita perguntando: “Posso te mandar um áudio rápido?” Do outro lado pode haver alguém em reunião, no transporte público ou simplesmente com pressa. Outro ponto: áudio não substitui e-mail nem documento. Se estiver alinhando metas ou fazendo um pedido importante, escreva. Comunicação profissional não é desabafo de WhatsApp. Use o áudio, mas com critério.

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Christiane Rocha e Silva

Doutora em Administração com ênfase em Marketing, mestre em Gestão Estratégica de Organizações e especialista em Gestão de Pessoas. Graduada em Jornalismo, Relações Públicas, Administração e Letras. Atuou nas rádios Inconfidência e Guarani e chefiou a Assessoria de Comunicação da Ceasa Minas. Com mais de 30 anos de experiência em Comunicação e Gestão, é professora, consultora e especialista em oratória, marketing e produção de conteúdo estratégico.

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