A perda de controle na condução da indicação de postos-chave na Assembleia de Minas foi o estopim para a saída do deputado estadual Gustavo Valadares (PMN) da secretaria de Governo. As mudanças, formalizadas ontem, foram promovidas pelo presidente Tadeu Leite (MDB) e alteram a configuração das lideranças da Casa, prejudicando a força do governo.
Valadares era contrário à indicação do deputado Noraldino Júnior (PSB) para a liderança do bloco “Avança Minas”. Para ele, o nome escolhido deveria ser o de Roberto Andrade (PRD). Noraldino se posicionou, afirmando que sua indicação foi resultado de um movimento entre os deputados após a saída do PL do bloco.
Além disso, a redistribuição das comissões da ALMG, feita pelo presidente da Casa, Tadeu Leite, resultou em mudanças para a colocação de seus aliados nos postos de comando. Essas mudanças também influenciaram a decisão de Valadares, pois são vistas como uma diminuição da influência do governo nessas comissões.
Desde o final do ano passado, Valadares enfrentava desgastes na ALMG.
Ele reassumirá seu mandato como deputado estadual, o que resultará na saída do suplente João Júnior (PMN).
Ainda, de acordo com as informações apuradas, há a determinação por parte do governo de indicar o nome de Valadares para uma das vagas do Tribunal de Contas do Estado.
Marcelo Aro, secretário da Casa Civil, assume o posto que era ocupado por Valadares e, até o fechamento desta coluna, não havia informação sobre seu substituto na Casa Civil. Há especulação de que ele pode acumular as duas secretarias.