O Senado Federal definiu, nesta terça-feira (04/11), a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado.
O grupo de trabalho será presidido pelo Senador Fabiano Contarato (PT-ES), com vice-presidência do Senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). A relatoria ficará a cargo do Senador Alessandro Vieira (MDB-SE).
Em fala a jornalistas, após a reunião, Contarato se mostrou disposto a chefiar a comissão. “Eu venho da segurança pública, tenho minha consciência tranquila com a minha convicção como delegado de polícia que fui por 27 anos, mas também como professor de direito penal e processo penal”.
“É mais fácil, é muito cômodo para quem fica nas suas casas, com segurança, com alimentação, com plano de saúde, com saneamento básico, com iluminação, tentar julgar aqueles que estão lá subjugados onde o Estado não está presente. Eu volto sempre a falar que essa é uma determinação constitucional. Segurança pública é direito de todos, mas é dever do Estado. Eu espero que essa comissão tenha esse norte que vá pautar isso”, completou.
“Se for necessário chamando autoridades, o poder público. Todos os mecanismos para que a gente ao final aponte quais são as soluções que a gente pode [a] médio e grande prazo apresentar à sociedade”, finalizou
O relator da Comissão, Alessandro Vieira, elencou os primeiros convocados à CPI. Entre eles está o governador do Rio, Cláudio Castro, e o primeiro escalão da Segurança Pública Fluminense.
Sobre a CPI do Crime Organizado?
Com duração de 120 dias, a CPI vai investigar a estrutura e a expansão de facções criminosas com o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo apura, ainda, as fontes de financiamento e lavagem de dinheiro, as conexões regionais e transnacionais e a possível infiltração do Poder Público nas facções.
O grupo debate, ainda, possíveis mudanças na legislação acerca do combate ao crime organizado.
