Vereadores de Belo Horizonte aprovam uso da Bíblia como material didático nas escolas

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A proposta inclui instituições de ensino públicas e privadas (Marcos Oliveira/Agência Senado)

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Os vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovaram, em definitivo, nessa terça-feira (9/4), o uso da Bíblia como material pedagógico e didático nas escolas da capital mineira. A proposta inclui instituições de ensino públicas e privadas.

O Projeto de Lei (PL) 825/2024, assinado por Flávia Borja (DC), recebeu 28 votos a favor, 8 contrários e 2 abstenções. A reunião do plenário foi marcada por debates com opiniões favoráveis e contrárias ao projeto.

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Para a autora da pauta, a proposta permite aos professores ensinar histórias de civilizações antigas, como Israel e Babilônia, que não se encontram em outras fontes.

“Não estamos trazendo como material religioso. Poderia ser, mas não é esse o objetivo. O objetivo é o enriquecimento do conteúdo dentro das escolas”, afirmou. Ela reforça, ainda, que uso de conteúdo bíblico não será obrigatório.

Cláudio do Mundo Novo (PL) ressaltou que as crianças da rede pública e privada poderão experimentar os valores cristãos. “Quando você lê a palavra de Deus, é Deus falando no seu coração, é cura interior. Deus te ensina o caminho da verdade, das boas companhias”, defendeu. 

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Vereadores contrários ao projeto

A constitucionalidade do projeto foi questionada por vereadores como Juhlia Santos (Psol), Pedro Patrus (PT) e Cida Falabella (Psol). Para Juhlia, o texto fere o princípio de laicidade do Estado, em que nenhuma religiosidade poderia ser privilegiada em detrimento das outras.

“Aprovar esse PL seria rasgar as leis e permitir que alianças entre o poder público e a religião sejam mantidas, coisas que a gente vê costumeiramente nesta Casa. O projeto deveria ter sido rejeitado na Comissão de Legislação e Justiça”, argumentou.

Após ser aprovado em 2º turno no plenário da Câmara Municipal de BH, o texto agora segue para redação final. Em seguida, ele será encaminhado para sanção ou veto do prefeito Álvaro Damião (União Brasil).

Com CMBH

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Larissa Reis

Graduada em jornalismo pela UFMG e repórter da Rede 98 desde 2024. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2022 (2º lugar) e em 2024 (1º lugar).

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