Meio Ambiente: Marília Melo defende papel dos estados em metas climáticas e financiamento ambiental

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Roberth R Costa

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Secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Melo concedeu entrevista à 98 News (Guilherme Bergamini/ALMG)

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Durante a Semana do Meio Ambiente, Minas Gerais destacou sua atuação em políticas climáticas e ambientais, com foco na preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém (PA). A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do estado, Marília Melo, ressalta a importância do engajamento de estados e municípios na agenda ambiental global durante entrevista na 98 News, nesta sexta-feira (6/6).

“Começamos a semana com a discussão sobre o papel dos governos locais no processo de transformação ambiental. Fizemos a entrega dos planos de ação climática para alguns municípios, resultado de uma parceria com o governo francês”, afirmou a secretária.

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Entre os destaques da semana, foram debatidos temas como segurança hídrica e eventos climáticos extremos, além da participação do estado em iniciativas voltadas à transição industrial com foco em práticas ESG.

Minas Gerais pretende apresentar seus avanços durante a COP 30, incluindo o Plano de Ação Climática, que reúne 190 metas distribuídas em diversas áreas de políticas públicas, como transporte, energia e uso do solo. O estado também atualizou seu inventário de emissões de gases de efeito estufa e lançou ferramentas para monitorar a implementação dessas metas.

“Minas tem feito seu papel. Estivemos nas últimas edições da COP com o Minas Day e levaremos novamente nossos projetos e os casos de sucesso do setor produtivo mineiro”, disse Marília.

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A secretária também destacou o protagonismo do estado na geração de energia solar e no engajamento da indústria da mineração rumo à descarbonização.

Financiamento climático e metas globais

Para Marília Melo, a COP 30 será decisiva para a revisão das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) — metas de redução de emissões assumidas pelos países. A secretária defende que os compromissos internacionais devem ser alinhados com os governos subnacionais.“É preciso que estados e municípios estejam envolvidos nas decisões. Sem esse pacto, não conseguiremos alcançar os objetivos de neutralidade climática.”

Ela também espera avanços em relação ao financiamento climático. Segundo a secretária, o Brasil presta um serviço ambiental relevante ao mundo e precisa contar com recursos internacionais para implementar ações de mitigação e adaptação.

Licenciamento ambiental: celeridade com responsabilidade

Outro tema abordado foi a aprovação de mudanças na legislação federal sobre licenciamento ambiental. Marília Melo considera positiva a modernização do processo, desde que preserve critérios técnicos e segurança jurídica.

“A gente não pode mais ter licenciamento que leva cinco ou seis anos. Isso incentiva a ilegalidade. Mas é preciso que o instrumento continue garantindo a avaliação de impactos e os controles necessários para operação dos empreendimentos”, explicou.

Ela lembra que Minas Gerais foi pioneira em implementar, em 2017, o licenciamento simplificado para atividades de menor impacto, o que contribuiu para atrair investimentos e dar agilidade aos processos sem abrir mão da responsabilidade técnica. “O licenciamento é uma etapa. O mais importante é o desempenho ambiental efetivo dos empreendimentos.”

Conversão de multas ambientais em projetos

A secretária também defendeu o modelo adotado por Minas para a conversão de multas ambientais em projetos de recuperação, implantado em 2019. O programa permite que até 50% do valor de multas simples aplicadas por infrações ambientais seja revertido em ações de proteção à flora, saneamento e recuperação de áreas degradadas.

“Pela primeira vez, os recursos de multas ambientais retornam efetivamente para projetos ambientais. Isso fortalece a política pública e dá sentido à penalidade, que deixa de ser apenas arrecadatória”, ressaltou.

Marília Melo destacou que o programa tem potencial para ser adotado nacionalmente, como instrumento complementar ao licenciamento ambiental e ferramenta de financiamento de ações prioritárias em meio ambiente.

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Roberth R Costa

Atuo há mais de 10 anos com jornalismo digital, formado em Publicidade e Propaganda, acumulo premiações por reportagens diversas. Editor e dev. de produtos digitais na 98.

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