O ex-presidente Jair Bolsonaro falou com jornalistas nesta sexta-feira (18/7) após se tornar alvo de operação da Polícia Federal. Mais cedo, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dele e em endereços ligados a Bolsonaro em Brasília. O ex-presidente deverá usar tornozeleira e seguir outras restrições, como não usar as redes sociais e não falar com réus ou investigados pelo STF, por exemplo.
Em conversa com a imprensa, Bolsonaro disse que o inquérito dos atos de 8 de janeiro é um “inquérito político”. Segundo ele, nenhuma prova foi encontrada até o momento. O ex-presidente disse que espera que o julgamento seja técnico.
Ao falar sobre a operação da PF desta sexta, Bolsonaro afirmou que o objetivo é “uma extrema humilhação, uma humilhação suprema”. “Meus advogados têm que tomar conhecimento do inquérito. O inquérito que gerou as cautelares de mim é aquilo que meu filho tá respondendo por estar nos Estados Unidos, o Eduardo Bolsonaro. Tô restrito à Brasília com tornozeleira, disse.
“Fizeram a busca e a apreensão em casa, pegaram R$ 7.000 e aproximadamente 14.000 dólares, tudo devidamente aí com origem. Então, no momento, é um novo inquérito, eu estou também dentro dele, tá?”, continuou o ex-presidente.
“O inquérito do golpe é um inquérito político. Nada de concreto existe ali. E a própria Polícia Federal não me botou no Rio de Janeiro. O PGR foi além do que viu no inquérito, me botou no Rio de Janeiro, mas não tem prova de nada. Um golpe num domingo, um golpe sem forças armadas, sem armas, um golpe realmente de festim”, afirmou Bolsonaro sobre o 8 de janeiro.
“Nunca pensei em sair do Brasil, nunca pensei por embaixada, mas as cautelares são em função disso. Eu não posso me aproximar de embaixada, eu tenho horário para ficar na rua e, no meu entender, o objetivo é uma suprema humilhação. Esse que é o objetivo”, afirmou.