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(Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Durante anos, os millennials observaram o C-suite de fora do vidro. Lideraram divisões, tocaram projetos, entregaram inovação. Agora, entre 29 e 44 anos, começam a ocupar o espaço que parecia distante.

Segundo projeção citada pela Fast Company, até 2030 millennials e geração Z representarão 74% da força de trabalho global. É uma transição que deixa de ser hipótese para se tornar realidade, acelerada pelas aposentadorias dos baby boomers e pela necessidade de renovar as lideranças em meio a um mundo instável.

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O desafio é claro: não basta herdar o cargo, é preciso estar preparado para assumir. O gargalo de sucessão atrasou carreiras e impediu experiências estratégicas em alto nível. Ironia do tempo: muitos não chegaram ao topo antes justamente porque o topo permaneceu fechado.

Agora, ao entrarem, precisam lidar com um cenário de fluxos organizacionais, economia volátil e valores de trabalho em mutação.

A lição é que sucessão não é evento de emergência. É política de continuidade. Companhias que ainda tratam o planejamento como assunto restrito a poucos correm o risco de enfrentar saídas desordenadas, fuga de talentos e desconfiança do mercado. De acordo com especialistas ouvidos pela revista, preparar cedo, desenhar experiências transversais e responsabilizar líderes atuais pela transição não é luxo — é estratégia de sobrevivência.

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Para os próprios millennials, o recado é igualmente forte. Essa geração foi estigmatizada como impaciente ou ansiosa. O teste agora é provar maturidade executiva: buscar projetos com risco real, aprender a linguagem das decisões de conselho, construir uma rede de mentores que atravesse gerações.

Investir em formação executiva é parte do jogo, mas ainda mais importante é cultivar presença: a habilidade de conduzir conversas difíceis, mediar tensões e inspirar sem depender do crachá.

No futuro do trabalho, a liderança não é mais privilégio do mais velho, nem destino certo do mais paciente. É resultado de preparo, leitura de contexto e coragem para assumir o inédito.

As empresas que tratam sucessão como processo, e os profissionais que a encaram como aprendizado contínuo, vão moldar não só seus cargos, mas a forma como o mercado entende poder, confiança e legado.

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Marc Tawil

Estrategista de comunicação, mentor e palestrante. Foi eleito Especialista Nº 1 em Comunicação no LinkedIn Brasil em 2024 e 2025 pela Favikon e é Top Voice, Creator e Instrutor Oficial do LinkedIn Learning, com mais de 160 mil alunos. Colunista da Exame e da 98News, é membro do Reputation Council da Ipsos e quatro vezes TEDxSpeaker. Atuou por 17 anos em veículos como Globo, Estadão, Band e Jovem Pan, e fundou a agência Tawil Comunicação, certificada como BCorp e eleita pelo GPTW.

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