A Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira (1/10) o projeto de lei de isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas com renda de até R$ 5 mil mensais. A proposta recebeu 493 votos favoráveis e nenhum contrário, mas 18 parlamentares não registraram voto.
Quais deputados não votaram
Segundo o painel da Câmara, os ausentes foram:
PL (6): Detinha (MA), Eduardo Bolsonaro (SP), José Medeiros (MT), Nelson Barbudo (MT), Pastor Marco Feliciano (SP), Vinicius Gurgel (AP)
MDB (3): Hercílio Diniz (MG), Juarez Costa (MT), Nelinho Freitas (CE)
PP (2): Fausto Pinato (SP), Zé Adriano (AC)
Podemos (2): Fábio Macedo (MA), Samuel Santos (GO)
União Brasil (2): Geraldo Mendes (PR), Marcos Soares (RJ)
PSD (1): Luciano Alves (PR)
PDT (1): Mauro Benevides (CE)
PT (1): Luizianne Lins (CE)
Entre os motivos de ausência, destaque para a deputada Luizianne Lins (PT-CE), que integra a flotilha humanitária interceptada por Israel na terça, em missão de entrega de alimentos e medicamentos a Gaza. Já Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está nos Estados Unidos.
O que muda com o projeto?
O texto, relatado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), amplia a isenção integral até R$ 5 mil. Para quem ganha acima desse valor, haverá isenção parcial. O limite, que na proposta original do governo era de R$ 7 mil, foi elevado pelo relator para R$ 7.350, beneficiando cerca de 500 mil contribuintes adicionais.
A isenção do Imposto de Renda é uma das principais bandeiras do governo Lula e terá peso eleitoral em 2026. O Palácio do Planalto entrou diretamente nas articulações: o presidente almoçou com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de reunir líderes do Centrão para garantir apoio.
O projeto foi aprovado em comissão especial em julho e agora segue para análise do Senado.