O uso da tecnologia de reconhecimento facial pela Polícia Militar foi implementado pela primeira vez durante o Carnaval de Belo Horizonte. João Henrique do Vale e Carol Torres citaram o contraste entre a eficácia da ferramenta na prisão de criminosos e as implicações para a privacidade dos cidadãos.
Um balanço da Polícia Militar, divulgado no programa, apontou a prisão de 72 criminosos entre a última sexta-feira (28/02) e a noite de ontem (05/03), graças à tecnologia de reconhecimento facial. João Henrique do Vale destacou a novidade e a eficiência da ferramenta, afirmando que: “a ferramenta, que foi utilizada pela primeira vez em BH, identificou suspeitos com mandados de prisão em aberto”. Carol ressaltou a capacidade da tecnologia de identificar suspeitos mesmo em meio à multidão e utilizando adereços ou fantasias.
Em contrapartida, Carol Torres levantou um questionamento crucial sobre o impacto dessa tecnologia na privacidade individual. Ela indagou: “como é que você encara e enxerga e vive essa questão da tecnologia do ponto de vista da privacidade?”. Carol expressou a preocupação com a sensação de constante monitoramento, comparando a situação a viver em um “reality show pelas ruas da cidade”. Ela questionou se a conveniência da segurança proporcionada pela tecnologia compensa a potencial perda da privacidade, em um cenário onde “tem câmeras para todos os lados, monitoramento para todos os lados”.
Apesar da discussão focada no reconhecimento facial, o programa também mencionou dados da Polícia Militar que indicaram uma redução de 25% nos furtos e 30% nos casos de importunação sexual em todo o estado durante o período carnavalesco. Esses dados foram apresentados como um contexto mais amplo da atuação da segurança pública no “Carnaval da Liberdade de 2025”, com um balanço completo a ser divulgado pelo Governo de Minas.
Enquanto a prisão de 72 suspeitos com mandado em aberto demonstra a eficácia da ferramenta de reconhecimento facial para as autoridades, a reflexão de Carol Torres sobre o monitoramento constante levanta importantes questionamentos sobre os limites da vigilância e o direito à privacidade dos cidadãos em espaços públicos. A discussão sugere que a implementação de tecnologias de segurança, como o reconhecimento facial, exige um debate contínuo sobre seus benefícios e custos para a sociedade.
*Estagiário sob orientação da supervisora Jackeline Oliveira.