Motivada pela alta de acidentes envolvendo motocicletas em Belo Horizonte, a Prefeitura da Capital Mineira estuda medidas para reduzir as ocorrências com as motos. Entre elas, estão as faixas exclusivas. Há no Orçamento da administração municipal recursos reservados para a implementação. Porém, não há previsão para o projeto ser colocado em vigor.
Estão em andamento estudos para avaliar os modelos utilizados em outras cidades, como Betim e São Paulo, e também uma análise da realidade do município. A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), órgão que tem a prerrogativa de autorizar a medida, também já recebeu um ofício do Executivo Municipal. Não há, entretanto, um prazo definido para início da operação.
“A Superintendência de Mobilidade do Município Belo Horizonte (Sumob) já está em contato com a Senatran para tratar da possibilidade de implantar faixas exclusivas para motocicletas em algumas vias de Belo Horizonte. Mas, para isso, serão necessárias análises e pesquisas, já em andamento, em que serão avaliados, entre outros fatores, os modelos adotados em outras cidades, como São Paulo, e os resultados alcançados com observações da realidade local. Ainda não há previsão para conclusão desses estudos”, explica a PBH.
Acidentes impactam cofres públicos
Os acidentes envolvendo motociclistas vêm causando impacto no Sistema Único de Saúde (SUS) na capital. Em fevereiro deste ano, mais de 1,4 mil motociclistas foram hospitalizados na rede pública. A Secretaria Municipal de Saúde estuda ampliar a capacidade de cirurgias ortopédicas de urgência devido à alta.
Corredor exclusivo na Grande BH
Na Grande BH, a faixa exclusiva para motos já está em fase de implantação. Em Betim, o chamado Corredor Azul está sendo construído na Avenida Edimeia Matos Lazzarotti, do entroncamento com a Avenida Amazonas até a Praça do Encontro. O trecho inicial contará com três quilômetros de extensão e passará por três cruzamentos semaforizados.