Servidores das forças de segurança de Minas Gerais se reúnem, na manhã desta terça-feira (8/4), em manifestação pela recomposição salarial da categoria. Os policiais protestam na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte.
Nas redes sociais, o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG) convocou os trabalhadores para as ruas.
“Hoje, é o nosso dia de dar um basta no descaso com a categoria! O governo Zema continua ignorando as perdas inflacionárias e desrespeitando quem arrisca a vida todos os dias pela segurança da população”, diz a postagem.
“Não podemos aceitar mais calotes, mentiras e o descaso com quem arrisca a vida todos os dias! Vamos cobrar a recomposição das perdas inflacionárias e exigir respeito. Este é o momento de união e luta. Convocamos todas as forças de segurança do estado a participarem dessa mobilização”, continuou so Sindpol.
Segundo o Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindep-MG), o governo de Minas Gerais deve 44,9% de recomposição salarial. “De 2015 até 2024 a inflação pelo índice IPCA foi de 74,89% nos últimos 10 anos”, diz o sindicato.
“No governo Zema, o acordo firmado e não cumprido era pagar a recomposição das perdas inflacionárias acumuladas ao logo de seis anos de forma escalonada até 2022. Sendo 13% em 2020, 12% em 2021 e 12% em 2022. Mas o governador Romeu Zema pagou somente 13% em 2020, e deu o calote nos policiais vetando as parcelas de 2021 e 2022”, acrescentou o Sindep.
Em fevereiro, a categoria também realizou uma manifestação na Praça Sete exigindo a recomposição salarial. Em nota enviada à Rede 98, o Governo de Minas informou que “mantém os canais de diálogo abertos com os representantes das categorias e busca compreender e atender suas demandas, dentro do que a lei permite e das possibilidades fiscais e estruturais do Estado”.
“Neste contexto, em março de 2025, foi anunciado o pagamento do auxílio-alimentação para as Forças de Segurança, incorporando um acréscimo, até o fim do ano, de até 34% ao salário dos servidores da base. Ao longo dos últimos seis anos, foram concedidos outros reajustes e abonos como é de conhecimento da imprensa. Cabe lembrar que apesar dos inúmeros avanços já alcançados, Minas Gerais ainda vive uma situação financeira delicada vinda de más administrações anteriores”, informou o governo (leia a nota na íntegra abaixo).
Protesto de servidores da Cemig
Também nesta terça-feira (8/4), funcionários da Cemig realizaram uma manifestação na sede da companhia, na avenida Barbacena. A categoria está de greve e reivindica, entre outras coisas, pelo retorno do patrocínio do plano de saúde.
“Não vamos tolerar barganha com a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. Profissionais adoecidos não podem fornecer luz para Minas Gerais. É greve!”, disse a categoria, em publicação nas redes sociais.
O protesto é organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro), pela Associação dos Beneficiários da Cemig Saúde e Forluz (ABCF), pelo Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge) e pela Associação dos Eletricitários Aposentados e Pensionistas da Cemig e Subsidiárias (AEA).
Segundo a BHTRans, a manifestação está concentrada na avenida Barbacena, entre a rua Araguari e a rua Alvarenga Peixoto, no no sentido Praça da Assembleia.
Nota do Governo de Minas na íntegra
O Governo de Minas reconhece a importância de todos os servidores, incluindo o valoroso trabalho exercido pelos profissionais das Forças da Segurança. A atual gestão mantém os canais de diálogo abertos com os representantes das categorias e busca compreender e atender suas demandas, dentro do que a lei permite e das possibilidades fiscais e estruturais do Estado.
Neste contexto, em março de 2025, foi anunciado o pagamento do auxílio-alimentação para as Forças de Segurança, incorporando um acréscimo, até o fim do ano, de até 34% ao salário dos servidores da base. Ao longo dos últimos seis anos, foram concedidos outros reajustes e abonos como é de conhecimento da imprensa. Cabe lembrar que apesar dos inúmeros avanços já alcançados, Minas Gerais ainda vive uma situação financeira delicada vinda de más administrações anteriores.