O nome da deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol nesta quinta-feira (5/6). O alerta para foragida internacional vai ser compartilhado no site oficial da organização das polícias. A partir de agora, ela pode ser presa fora do Brasil.
Zambelli entrou para a relação de procurados por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que decretou a prisão preventiva da deputada e mandou a Polícia Federal descobrir sua localização e viabilizar o pedido de extradição.
O ministro também mandou bloquear os passaportes de Zambelli, inclusive o documento diplomático que a deputada possui em razão do cargo.
Nesta quinta, o blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo afirmou que a deputada deixou os Estados Unidos e está “bem e em segurança” na Itália. Questionada, a assessoria de Zambelli não responde sobre a atual localização da parlamentar.
Em sua decisão, Moraes afirma que o “intuito criminoso” da deputada “permanece ativo e reiterado” e que ela insiste “na divulgação de notícias fraudulentas, no ataque à lisura das eleições e nas agressões ao Poder Judiciário.”
Fora do Brasil
Na terça-feira (3/6), Carla Zambelli anunciou que estava fora do Brasil e que pretende pedir licença do mandato para viver na Europa. A deputada disse que vai denunciar o STF junto a lideranças da direita internacional.
Não há registros da saída dela do país. Ela afirmou inicialmente que se encontrava nos Estados Unidos.
Condenação
Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, e à perda do mandato pela invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Para os ministros, o ataque foi articulado em uma tentativa de colocar o Poder Judiciário em descrédito. A pena só não começou a ser cumprida porque há recursos pendentes.
A deputada também responde a um processo criminal no Supremo Tribunal Federal por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022.