Itabira além do minério: prefeito explica como cidade se prepara para exaustão mineral

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Roberth R Costa

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Prefeito de Itabira explica que cidade já se prepara para exaustão mineral (Reprodução/Instagram)

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O prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, disse que a cidade busca alternativas sustentáveis para o desenvolvimento local visando o futuro, quando a exploração mineral não for mais possível. Presidente da Associação Brasileira de Municípios Mineradores, ele falou sobre o assunto em entrevista à 98 News nesta terça-feira (27).

Marco explica que a exaustão mineral de Itabira está prevista para 2041, o que já faz a administração municipal pensar alternativas para que a cidade siga se desenvolvendo. “A gente tem caminhado com um projeto novo, com uma nova visão em termos de relacionamento de município com a empresa mineradora. Há muito conflito em relação a isso e o conflito não é só financeiro”, afirma.

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“O financeiro, naturalmente, enquanto as empresas mineradoras estão explorando o minério em determinado território, tem dinheiro. O maior problema é o depois, porque ‘o minério não dá duas safras’, essa é uma frase alcunhada pelo ex-presidente Arthur Bernardes lá atrás quando começou a mineração no Brasil”, continua.

“[Mineração] é uma indústria que produz um produto não renovável. Ele acaba um dia. Essa é uma grande preocupação de Itabira, que foi a primeira grande mina minerada do Brasil, aberta, com o Pico do Kauê”, diz.

O prefeito relembrou como surgiu a exploração mineral no município e fez um paralelo com o futuro. “A companhia Vale, que se chamava Vale do Rio Doce, uma estatal na época, foi criada para explorar a grande mina aberta de Itabira em 1942 para atender a indústria bélica mundial em meio à demanda da Segunda Guerra Mundial. Nasceu assim a exploração mineral em Itabira”, explica.

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“Em 83 anos depois, a Vale já anunciou a exaustão mineral para 2041. Portanto, daqui a 16 anos. E a cidade não está preparada para o fim do minério. Se acabar hoje, é um desastre social e econômico. Neste ano mesmo, a cidade tem uma queda enorme na arrecadação da CEFEM, que é o royalty da mineração, por assim dizer, e o impacto econômico sobre o município é grande por que 80% da sua economia vive em função do minério”, diz.

Pensando o futuro, já que a cidade depende da mineração, a gestão pública prepara o caminho para novas possibilidades de negócios e desenvolvimento sustentável em Itabira.

“Com isso, nós criamos um programa chamado Itabira Sustentável. A Vale e a sociedade civil organizada participam junto com o prefeito para desenvolvermos projetos estruturantes, principalmente de longo prazo (leia-se 16 anos quando o minério acabar), para que as próximas gerações não sejam comprometidas e que a gente dê oportunidades às próximas gerações em Itabira”, finaliza o prefeito.

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Roberth R Costa

Atuo há mais de 10 anos com jornalismo digital, formado em Publicidade e Propaganda, acumulo premiações por reportagens diversas. Editor e dev. de produtos digitais na 98.

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