O deputado Eduardo Bolsonaro afirmou, durante entrevista à CNN, que prevê que os Estados Unidos não vão reconhecer a próxima eleição presidencial no Brasil, caso a justiça brasileira impeça a participação de Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030, no pleito de 2026. Segundo o parlamentar, “não há democracia onde não exista a plena participação da oposição”.
“Se forem umas eleições onde você tira o líder das pesquisas, o favorito para ganhar a eleição, se você leva ele a julgamento, a toque de caixa, sem direito a ampla defesa, onde os advogados dele não tiveram acesso completo a todos os dados da investigação, dentre outras irregularidades ocorridas dentro desse processo, não dá para dizer que isso é democracia”, afirmou em referência ao julgamento do presidente Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de estado.
O parlamentar afirmou ainda que cogita deixar o mandato de maneira definitiva, após período de licença que pretende tirar da Câmara. O filho do ex-presidente anunciou o afastamento temporário do cargo, mas ainda não enviou o pedido à Mesa Diretora da Casa.
“Eu só vou ter tranquilidade de voltar ao Brasil quando Alexandre de Moraes não for mais ministro da Suprema Corte ou estiver sendo posto no devido lugar dele. Fora isso, não tenho a possibilidade de voltar ao Brasil”, afirmou.
De acordo com o Regimento Interno da Câmara, parlamentares podem se licenciar, por tratamento de saúde, missões diplomáticas ou interesse particular. Quando o afastamento ocorre por interesse particular, como no caso de Eduardo, a licença é concedida sem remuneração. A legislação prevê que um deputado pode se afastar sem recebimento de salário por até 120 dias.