Configurando um mau presságio após o anúncio das tarifas dos EUA sobre a importação de aço e alumínio do Brasil, impostas pelos presidente Donald Trump na última semana, a Usiminas divulgou seu balanço financeiro para o quatro trimestre, com prejuízo líquido de R$ 117 milhões.
Pressionado pela forte valorização do dólar contra o real no trimestre, o resultado representa desvalorização de 36% da companhia, com reflexo em uma das maiores quedas do índice Ibovespa, registrada na sexta-feira (14).
Segundo a empresa, no último trimestre, o prejuízo ficou abaixo das estimativas de analistas, revertendo o lucro de R$ 185 milhões registrado nos três meses anteriores e de R$ 975 milhões no mesmo período de 2023.
O Ebitda ajustado, segundo balanço, foi de R$ 518 milhões, com a margem Ebitda ajustada de 8%. A receita líquida bateu R$ 6,4 bilhões, com volume de vendas de aço de 1,05 milhão de toneladas, e volume de venda de minério de 2,20 milhões de toneladas.
Expectativa
Segundo projeções, os analistas esperavam um Ebitda de R$ 541,8 milhões, com expectativa de faturamento líquido de R$ 6,68 bilhões.
A Usiminas afirmou que espera, para o atual semestre, “um aumento do volume de vendas no mercado interno, reflexo de uma demanda resiliente, e menores vendas para exportação, levando assim a um leve aumento no volume total de vendas de aço e com melhor mix”.
A companhia também prevê receita líquida por tonelada ligeiramente superior ao trimestre anterior, diante do melhor mix de produtos vendidos e “repasses de preços na distribuição e na indústria” que começaram a ser implementados no quarto trimestre do ano passado.