Abin Paralela monitorou por engano homônimo de Moraes, diz PF

Siga no

Conclusão consta no relatório final das investigações do caso (Valter Campanato/Agência Brasil)

Compartilhar matéria

O esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro monitorou, por engano, um homônimo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A conclusão consta no relatório final das investigações do caso “Abin Paralela”, no qual a Polícia Federal (PF) indiciou cerca de 30 investigados, entre eles, o filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro. O sigilo do documento foi retirado ontem (18/6) por Moraes, que é relator da investigação.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Segundo a PF, Bolsonaro e Carlos fizeram parte uma organização criminosa para comandar a realização de ações de espionagem clandestina de opositores.

O ex-presidente não foi indiciado porque responde às acusações sobre o uso clandestino da Abin na ação penal da trama golpista, que tramita no STF.

Erro

De acordo com o relatório, o agente de inteligência Thiago Gomes Quinalia fez três pesquisas pelo nome de Alexandre de Moraes Soares por meio do sistema de monitoramento Firstmile. A procura foi feita no dia 19 de maio de 2019.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Na avaliação dos investigadores da PF, a busca por um homônimo do ministro foi um erro cometido pelo esquema.

“A utilização de sistemas ilegítimos de consulta, como demonstrado acima, resultava, por vezes, em números de terminais telefônicos erroneamente associados a alvos. A pesquisa no sistema First Mile por homônimo é erro passível de ter sido cometido”, diz o relatório.

De acordo com as investigações, foram monitorados ilegalmente o ministro Alexandre de Moraes, os ex-deputados Jean Willys, Rodrigo Maia, Joyce Hasselmann, o ex-governador de São Paulo João Dória e os jornalistas Leandro Demori e Mônica Bergamo.

Conforme o relatório, a época da pesquisa coincide com a abertura do inquérito das fake news no Supremo, que tem Moraes como relator e apura a difusão de desinformação durante o governo Bolsonaro.

“O marco temporal da pesquisa é compatível com a instauração do inquérito 4.781, em março de 2019, pelo então presidente do STF, Dias Toffoli. Em 14/05/2019, houve a disponibilização para julgamento de recurso para suspender a apuração”, afirmam os investigadores.

O agente responsável pela busca abandonou o cargo público, e não há informações sobre o paradeiro dele. No ano passado, ele foi demitido do serviço público.

Defesa

Após as conclusões da PF, Carlos Bolsonaro foi às redes sociais e insinuou que o indiciamento tem motivação política.

“Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!”, declarou.

Compartilhar matéria

Siga no

Mais de Entretenimento

Mais de Notícias

Ônibus com 38 estudantes pega fogo no Triângulo Mineiro

Tapetes de Corpus Christi marcam celebrações pelo Brasil

Chefe da AIEA diz que não tem prova de armas nucleares do Irã

Xi Jinping culpa Israel em primeira declaração sobre conflito com Irã; Putin adota neutralidade

Cidade mineira é destaque em lista de destinos para visitar no inverno

STF: Google diz que não tem dados sobre quem publicou minuta do golpe

Últimas notícias

Meia do Cruzeiro é festejado por torcedores do Al-Hilal durante partida do Mundial

A polarização cansou

Mercado Central de BH terá vacinação contra a gripe nesta sexta-feira

Motorista perde controle e carro bate em mureta da avenida Cristiano Machado

BR-381 é palco de acidentes neste feriado de Corpus Christi

Trânsito na avenida Cristiano Machado é alterado nesta quinta-feira

‘MG será o grande catalisador do desenvolvimento de infraestrutura’, diz idealizador da InfraBusiness Expo 2025

Cruzeiro tem números expressivos como mandante e como visitante no Brasileirão

Taxa Selic atinge 15% ao ano, maior nível desde 2006