A executiva Stacy Martinet, Chief Communications Officer da Adobe, afirma que o critério mais relevante nas entrevistas de emprego mudou. Já não basta o candidato dominar ferramentas ou acumular anos de experiência. O que as empresas querem saber agora é simples e decisivo: como você conversa com a inteligência artificial?
Segundo a Fortune, essa mudança reflete uma nova etapa da economia digital – a da cogestão entre humanos e máquinas. No passado, a IA era um suporte técnico; hoje, é parceira de decisão.
A Adobe, que integra IA em praticamente todas as áreas do negócio, busca profissionais que saibam dialogar com algoritmos, validar respostas, cruzar perspectivas e transformar dados em visão estratégica. A habilidade de perguntar com clareza e interpretar resultados se tornou diferencial competitivo.
Essa nova cultura corporativa redefine o conceito de talento. A fluência em IA passa a valer tanto quanto a fluência em idiomas ou metodologias de gestão. Não se trata de programar, mas de pensar com a tecnologia: formular hipóteses, testar limites e traduzir insights em impacto real.
Em tempos de automação acelerada, o profissional que sabe coexistir com sistemas inteligentes se torna o elo essencial entre eficiência e propósito. O recado vai além do RH. Instituições de ensino, lideranças e governos precisam repensar currículos e treinamentos para incluir essa alfabetização digital e ética. A capacidade de interagir com IA (com senso crítico, curiosidade e responsabilidade) será o passaporte profissional da próxima década.