A sexta-feira reservou aos investidores um dos pregões mais movimentados do ano.
Depois de publicar um longo texto em uma rede social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recomeçou a guerra tarifária contra a China. Trump anunciou tarifa de 100% sobre todos os produtos chineses e prometeu novas medidas de controle sobre softwares críticos. O americano também ameaçou cancelar o encontro agendado com Xi Jinping na Coreia do Sul.
Tudo isso aconteceu, segundo ele, porque a China estaria implementando um plano de controle de exportações em larga escala, previsto para começar em 1º de novembro. O impacto foi imediato: os principais indicadores de Wall Street desabaram, com destaque para a Nasdaq, que reúne as empresas de tecnologia, recuando 3,56%.
Por aqui, o Ibovespa já tinha motivos suficientes para cair, mas ainda teve que lidar com as declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Durante um evento ao lado de Lula, Haddad e outros membros do governo, Galípolo comparou o cenário do crédito imobiliário no Brasil com o de outras economias emergentes — e deu a entender que há espaço para avançar nessa frente.
O discurso soou contraditório à postura da própria autarquia, que mantém juros em 15,15% ao ano para levar a inflação à meta. O resultado: o Ibovespa terminou a sexta-feira em queda de 0,73%, a 140.680 pontos, enquanto o dólar futuro subiu 2,83%, batendo R$ 5,55 — ou seja, não vai ter Disney.
Agenda do dia: acerte seu relógio. Hoje é feriado em vários países, entre eles Canadá, Argentina e Japão. E às 8h25 da manhã, sai o Boletim Focus — tem que estar no radar.