Professores da rede municipal de ensino de Belo Horizonte aguardam a chegada do prefeito Álvaro Damião (União) com faixas de protesto na tarde desta quarta-feira (18/6), no Aeroporto Internacional de Confins. Damião retorna hoje a BH após passar dias de tensão em Israel.
“Agora é greve, pois Damião não paga o que nos deve!”, diz uma das faixas erguidas pelos profissionais da educação na ala de desembarque do aeroporto de Confins.
Os professores estão de greve desde 6 de junho e pedem reajuste salarial. A paralisação, que será mantida por tempo indeterminado, conta com 85% de adesão dos trabalhadores e 75% das escolas estão paralisadas.
Nessa terça-feira (17/6), a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que vai enviar para a Câmara Municipal o projeto de lei que institui o mês de maio como data-base dos servidores. Ele também prevê 2,49% de aumento salarial a 70% das categorias do funcionalismo do município.
Representados pelo Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de BH), os servidores aceitaram a proposta da Prefeitura em assembleia realizada nesta terça-feira (17/6). O percentual de reajuste salarial corresponde à inflação registrada de janeiro a abril deste ano e será retroativo a 1º de maio, dia estabelecido como data-base para os trabalhadores.
Os professores, por outro lado, seguem em greve após o sindicato dos profissionais da Educação recusar a mesma proposta feita para os servidores de carreira.
“Seguimos em diálogo com o Sind-REDE/BH e esperamos a decisão pela volta às aulas. Nosso compromisso é permanente com o funcionalismo e com as famílias da nossa cidade. Não podemos punir as crianças, deixando sem aulas e sem merenda e os pais sem o local para deixar seus filhos”, afirmou o prefeito em exercício na capital mineira, Juliano Lopes (Podemos).