A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, reforçou a importância de moradia para que pessoas em situação de rua consigam mudar suas vidas e traçar novos caminhos. Ela falou sobre as ações voltadas para tal população em entrevista na 98 News nesta sexta-feira (30/5) e destacou o cenário em Belo Horizonte.
Para Macaé Evaristo, quando uma pessoa se encontra em situação de rua, o ideal é que ela volte para uma residência o mais rápido possível, já que a permanência nas ruas pode se tornar continuada rapidamente. A ministra explica o plano Ruas Visíveis, ação estruturante para pessoas em situação de rua.
“Eu acompanhei como vereadora bem de perto a situação da população de rua em Belo Horizonte e no Ministério dos Direitos Humanos nós temos um plano, que é o Ruas Visíveis, para estruturar políticas para a população em situação de rua. Nossa primeira agenda muito importante se chama ‘moradia primeiro’. Moradia primeiro, pois o mais eficiente no trato com a população em situação de rua é que, imediatamente, quando a pessoa se coloca em situação de rua, a gente deveria no menor tempo possível garantir que essa pessoa pudesse ir para uma residência. Quando mais tempo ela vai ficando nessa situação, mais chance ela tem de estar num estado continuado e vão se agravando os problemas que a levaram até essa situação”, explica.
Segundo Macaé, o programa “Moradia Primeiro”, ligado ao programa Minha Casa, Minha Vida, é um dos que busca alocar pessoas em situação de rua em casas. “Três por cento das moradias financiadas pelo governo federal do programa destinam-se à população em situação de rua. Essa é uma medida bem estruturante para atuar nessa questão. Se a gente conseguir garantir que as pessoas saiam dessa situação para o Bolsa Moradia, que é um programa que a prefeitura de Belo Horizonte tem, e do Bolsa Moradia para uma moradia, eu acho que a gente atua com uma condição bem importante para essas pessoas”, disse.
Além de moradia, ações emergenciais também são desenvolvidas para pessoas em situação de rua com o objetivo de atender demandas do dia a dia, como higiene e cuidados pessoais básicos.
“A gente tem aquelas medidas emergenciais, que o ministério também tem atuado. Temos com Belo Horizonte uma parceria estabelecida para organizarmos o ponto de apoio à população em situação de rua. É um ponto para que as pessoas tenham acesso a banho, a higienização e a possibilidade de lavar suas roupas. Esse ponto de apoio de rua se associa a uma ação que é de apoio a essas pessoas, vai ter uma equipe de acolhimento composta por profissionais de serviços sociais, de psicologia, que articula outros equipamentos que a gente tem na cidade. No caso, o CRAS, a política da saúde que é o consultório de rua. Então nós temos ações do Ministério dos Direitos Humanos que se articulam com outras ações de outros ministérios”, explica.
“Um outro programa que dialoga com essa política da população em situação de rua são as cozinhas solidárias. Elas são muito importantes, pois a gente ainda tem pessoas que estão passando fome. A gente tem cozinhas solidárias sendo financiadas para Belo Horizonte, o que também é uma agenda importante”, finaliza.