O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, completa 10 anos nesta quarta-feira (5/11). A tragédia da Samarco terminou em 19 mortos, além de devastar os distritos de Bento Rodrigues, matar o Rio Doce e impactar milhares de comunidades ribeirinhas em Minas Gerais e no Espírito Santo.
A maior tragédia sócio-ambiental do país será lembrada em um ato, que acontece na Praça da Assembleia Legislativa às 9h da manhã. O evento vai contar com a presença do Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, e a Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.
O ato é organizado pelo movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e vai contar com ações ao longo de todo o dia, no Tribunal Regional da 6ª Região (TRF-6) no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Novo acordo
Uma década após a tragédia, um novo acordo foi assinado de entre a mineradora e o Poder Público.
A Repactuação firmada entre União, Governos de Minas e Espírito Santo, Ministérios Públicos Estaduais e Federais e Defensorias Públicas Estaduais e da União e as empresas Samarco, Vale e BHP, prevê o pagamento de cerca de R$ 170 bilhões em reparação. Destes, R$ 38 bilhões já foram investidos em medidas de remediação e compensação.
Rebatizado de “Acordo do Rio Doce”, Termo de Ajustamento de Conduta prevê investimentos em ações estruturantes em toda a região impactada pelo rompimento da barragem do Fundão.
No eixo de saneamento, são previstos R$ 7,54 bilhões em recursos para universalizar o acesso à água potável e ao esgoto tratado em 200 cidades da bacia do Rio Doce.
