O governador Romeu Zema participou, nesta sexta-feira (7/11), do terceiro dia da Semana Internacional do Café, realizada no Expominas, em Belo Horizonte. Durante o evento, Zema ressaltou a importância da cafeicultura para a economia de Minas Gerais, lembrando que o estado é referência mundial na produção de grãos de qualidade.
Ele destacou o crescimento da valorização do café mineiro no mercado internacional e comparou o setor à indústria de vinhos.
“Há cerca de três ou quatro anos, um produtor de Patrocínio, no Cerrado Mineiro, conseguiu vender sua produção por R$ 63 mil a saca, um valor quase impensável. Estamos falando de cerca de 30 vezes o preço de uma saca comum. Hoje, já temos cafés únicos, diferenciados, e há gente no mundo disposta a pagar por isso”, afirmou o governador.
Copasa
Zema também comentou sobre a possibilidade de privatização da Copasa, tema que voltou ao debate nos últimos dias após declarações do prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, que defendeu a participação dos municípios nas discussões. O governador adotou um tom conciliador e garantiu que as prefeituras terão autonomia sobre os contratos.
“Consultamos a Assembleia Legislativa, e cada município tem sim autonomia para decidir sobre seu contrato. A Copasa fez acordos no passado com a participação dos municípios, e isso continuará sendo respeitado”, disse.
Durante a entrevista, o governador voltou a criticar o governo federal, afirmando que Minas Gerais tem atuado de forma mais firme no combate ao crime organizado e se mantém atenta à atuação de facções em fronteiras.
Zema também mencionou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações com os Estados Unidos sobre o chamado “tarifaço”, que afetou a exportação de produtos brasileiros. Segundo o governador, Minas foi um dos estados mais prejudicados, e o governo federal teria demorado mais de 90 dias para buscar uma solução.
