Nesta quarta-feira (12/02), o ex-técnico do Cruzeiro, Fernando Diniz, esclareceu os motivos de sua saída conturbada da Raposa. Em entrevista ao canal do YouTube CharlaPodcast, o treinador atribuiu o desligamento à cultura imediatista do futebol e, principalmente, à derrota para o Athletic por 1 a 0 na 2ª rodada do Campeonato Mineiro.
“No fundo, o cara contrata e quer resultado. Quase sempre, resultado imediato.
Às vezes, muda de uma quarta-feira para outra; às vezes, muda em dois jogos. No Cruzeiro, aconteceu isso.
Jogamos contra o Atlético no sábado; jogamos bem; era para ter vencido o jogo, pelo menos, por 2 a 0. Viajamos; jogamos bem no domingo com um time mexido; ganhamos de 1 a 0 do Tombense e tivemos um jogo ruim contra o Athletic, um time bom. Era normal ganhar, mas um tropeço, todo mundo tropeça. Essa derrota contaminou o ambiente e, de uma semana para outra, houve o desligamento.”
Diniz ainda citou que não teve problemas de relacionamento com ninguém do Cruzeiro: “Eu me relacionei bem com as pessoas do Cruzeiro, com todos, mas isso é algo muito impregnado no futebol: o resultado imediato.”
Futebol difícil de assimilar?
O treinador aproveitou a entrevista para falar sobre a maneira como os jogadores entendem seu estilo de jogo, tido como “revolucionário” ou, até mesmo, difícil de ser entendido. “Às vezes, as pessoas conversam com você, mas ouvem pouco. Há gente com a qual você fica um tempo no clube, mas não entra.”
Diniz no Cruzeiro
Pelo Cruzeiro, Diniz esteve à beira do campo em 20 partidas, venceu quatro, empatou nove e perdeu sete.
*Estagiário sob supervisão do editor João Renato Faria